Segundo especialistas, o Brasil está no momento certo para investir na nova fonte renovável
Apesar de ser uma indústria incipiente no Brasil, a produção de hidrogênio verde já possui alguns eventos e marcos, que mostram as discussões sobre esse mercado emergente no país, entre eles a proposição de diretrizes, pelo MME, para o Programa Nacional de Hidrogênio (PNH2), como mostrou a gerente ambiental da Arcadis Urbanista, Fernanda Laham, durante um dos painéis do 14º Fórum Nacional Eólico – Carta dos Ventos.
Em relação aos projetos de hidrogênio verde em desenvolvimento no Brasil, Fernanda Laham destacou que o cenário atual conta com MoUs assinados em diversos estados brasileiros, dentre eles o Rio Grande do Norte. Além de uma usina piloto de H2V no Ceará, prevista para entrar em operação em dezembro de 2022.
O Emerging Business Models Manager, da EDF Renewables, Sylvain Jouhanneau, destacou que “o Brasil está no momento e no lugar certo para se preparar e se posicionar como uma potência mundial de exportação de H2V (e seus derivados), acelerando a transição energética local e contribuindo como um dos líderes da transição energética global”.
Em relação ao Rio Grande do Norte, o Coordenador de Desenvolvimento Energético do Estado do Rio Grande do Norte e Gestor de projetos da SEDEC, Hugo Fonseca, ressaltou que o Estado é considerado como uma das regiões do mundo com maior competitividade para a produção e exportação de energias por meio do hidrogênio verde, além de possuir alto potencial de eólica offshore em áreas de baixa profundidade e próximas da costa e uma infraestrutura offshore possível de ser reutilizada para a produção e transporte de hidrogênio verde (plataformas de petróleo e gasodutos).
O painel foi moderado pelo Diretor-presidente do Cerne, Darlan Santos, e contou ainda com a participação do pesquisador líder do laboratório de sustentabilidade da ISI – ER, Juan Alberto Chavez Ruiz, que fez um apanhado do desenvolvimento tecnológico do hidrogênio no Brasil.