Requisitos e soluções para eólicas offshore no Brasil são destaque no segundo dia do Fórum Nacional Eólico

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A expectativa é que sejam ofertados mais de 130 GW de potência de energia offshore no Brasil

O segundo dia de programação do 14º Fórum Nacional Eólico – Carta dos Ventos foi iniciado com um painel que discutiu os requisitos e soluções para Eólicas Offshore no Brasil.

Como mediador do painel, o Diretor-presidente do CERNE, Darlan Santos, destacou que existem diversas ações em níveis governamentais referentes à ampliação da oferta de geração de energia a partir da Eólica Offshore. “Esse tema já vem sendo discutido desde 2017 e avança em ritmo acelerado. Hoje já contamos com projetos de lei, portarias do Ministério de Minas e Energia, além de outros desdobramentos relacionados aos requisitos e soluções para o desenvolvimento, implantação e estabelecimento desse mercado de eólica offshore no Brasil”, afirmou Darlan Santos.

O Chefe da Divisão de Energia Nuclear, Térmicas, Eólicas e Outras Fontes Alternativas do IBAMA, Eduardo Wagner, destacou que, atualmente, o Brasil conta com 55 projetos de Eólica Offshore abertos junto ao Instituto, com uma proposta que chega acima de 130 GW de potência de energia ofertada e uma expectativa de instalação de cerca de 9 mil aerogeradores.

“Nós queremos que o processo do desenvolvimento dessa tipologia de geração de energia limpa seja feita da maneira mais adequada possível e respeitando também todas as questões ambientais envolvidas e que possam ser impactadas”, ressaltou Eduardo Wagner.

O Diretor Comercial da Oceanpact, Fred Marins, apresentou um levantamento de dados meteoceanográficos para a implementação de projetos de eólica offshore, com informações de variáveis meteorológicas e dados de geografia física em relação ao segmento. Segundo Marins, esses dados são fundamentais para o sucesso de um projeto de fazendas de energia eólica e são usados ao longo de todo o ciclo de vida do empreendimento.

Já as oportunidades e desafios do setor offshore foram apresentadas pelo Especialista de Energia Eólica Offshore da ABEEólica, Matheus Noronha, destacando que, em nível global, esse setor já possui um total 57 GW de capacidade instalada. “A eólica offshore se posiciona como uma nova tecnologia que visa colaborar com a segurança energética, além da substituição e readaptação das fontes fósseis.”

A Sócia-Diretora da CRN-BIO, Silvania Magalhaes, ressaltou que os debates atuais sobre os parques eólicos offshore “demonstram uma preocupação real para que essa atividade possa ser desenvolvida amparada por uma legislação adequada, e com a implementação das políticas públicas cabíveis a todas as esferas envolvidas”.

Também participaram do painel a gerente do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico em Geração de Energias Renováveis da Shell Brasil, Camila Brandão; e o analista de Pesquisa Energética da EPE, Flavio Rosa.