Indústria brasileira deve impulsionar mercado livre de energia a partir de 2024

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CNI indica potencial de entrada de 45 mil consumidores industriais no modelo que permite a negociação direta com as geradoras e comercializadoras de energia

Nayara Machado / Agência EPBR

Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que 56% das indústrias hoje no mercado cativo de energia têm interesse em migrar para o ambiente livre, a partir de 2024.

E indica um potencial de entrada de 45 mil novos consumidores no modelo que permite a negociação direta com as empresas geradoras ou comercializadoras — geralmente de energia renovável, como solar e eólica. Hoje, 10,5 mil indústrias estão nesse mercado.

A sondagem consultou 2.016 empresas — 794 pequenas, 724 médias e 498 grandes, em outubro de 2022.

Atualmente, 59% das grandes empresas entrevistadas obtêm fornecimento do mercado livre, sendo 52% exclusivamente desse mercado.

No médio porte, 57% estão no cativo e 25% somente no mercado livre; enquanto 70% das pequenas empresas obtêm energia do mercado cativo e apenas 6% estão totalmente no livre.

Entre as que estão no ambiente regulado, 59% das grandes afirmam a possibilidade de ir para o livre, e 61% das médias.

O número cai um pouco entre as pequenas empresas — 48% indicaram a possibilidade de migrar.

Por terem um perfil de consumo de eletricidade elevado, a CNI estima que a mudança pode levar a uma economia de 15% a 20% na conta de luz.

“O momento é de preparação”, diz Roberto Wagner Pereira, especialista em Energia da CNI.

Ele explica que 2023 será um ano para estudar o mercado, planejar e fazer contas sobre a viabilidade de ingressar no mercado livre.

“A estimativa é de que 45 mil indústrias têm condições de migrar a partir de 2024”, afirma.