FIERN participa de evento que debate viabilidade de projeto do complexo portuário Porto Potengi

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FIERN
Link para a matéria: https://www.fiern.org.br/fiern-participa-de-evento-que-debate-viabilidade-de-projeto-complexo-portuario-porto-potengi/

O diretor 1º secretário da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN), Heyder Dantas, participou de um encontro promovido pelo Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energias (Cerne) para debater projetos de um complexo portuário na margem norte da foz do Rio Potengi. O evento aconteceu nesta sexta-feira (17), na sede da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Nordeste (Fetronor), em Natal, com apresentações de um projeto arquitetônico do complexo do Porto Potengi desenvolvido pelo arquiteto Claudio Corlucci e de um estudo desenvolvido pela Dux Consultoria, contratada pela Confederação Nacional de Transportes (CNT) para analisar a viabilidade da obra.

“Pudemos conhecer melhor esse projeto que pretende levar o Rio Grande do Norte à vanguarda na questão portuária”, afirma o diretor 1º secretário da FIERN. “É um modal importante para o estado, pois pode contribuir muito com o escoamento da produção de frutas, minérios e outros produtos que podem ser exportados daqui”, acrescenta.

Heyder ainda afirma que o projeto prevê a integração do terminal oceânico com rodovias e ferrovias, tornando o equipamento multimodal. “É uma semente que está sendo plantada e esperamos que ela possa ser germinada para que no futuro tenhamos os frutos desse projeto”, conclui.

Para o diretor-presidente do Cerne, Darlan Santos, explica que a intenção é debater conjuntamente as possibilidades para desenvolver a melhor proposta. “Convidamos a sociedade para tomar conhecimento do projeto e pode dar contribuições. Já tivemos contribuições importantes de diversas instituições, como a FIERN, e queremos ampliar essa pauta”, declarou.

Já o diretor financeiro da Fetronor, Fernando Cabral, destacou que “o transporte move o Brasil”. “É um dos pilares básicos do desenvolvimento. Não pensar nesse tema é atrasar p crescimento do país”, disse. “A CNT acredita que estamos em um momento de alavancar os transportes com a execução de grandes projetos de infraestrutura multimodal, como é o caso do novo terminal no Rio Grande do Norte”, completa.

Para o secretário de Estado de Infraestrutura, Gustavo Coelho, a discussão de um novo porto no RN vem amadurecendo. “Na própria Secretaria de Infraestrutura também avaliamos diversas possibilidades para que o estado disponha de equipamentos que viabilizem o bom aproveitamento das oportunidades de crescimento do nosso estado”, comenta.

A reunião, que também teve a participação do vice-presidente da FIERN Sílvio Bezerra, e do gerente técnico do MAIS RN — núcleo de planejamento contínuo da FIERN —, Pedro Albuquerque, contou com a presença de autoridades do Poder Público, representantes dos setores produtivos, de instituições de pesquisa, da Marinha e dos trabalhadores portuários.

Na última quarta-feira (15), a FIERN recebeu o grupo de consultores da Dux Consultoria que estão produzindo o estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental para o porto. A comitiva foi recebida pelo diretor primeiro tesoureiro da FIERN, Roberto Serquiz e reuniu diretores da Federação, equipe do MAIS RN, representantes da Fetronor e do Cerne. Na ocasião, os consultores conheceram as potencialidades do estado que foram apresentadas pelo MAIS RN e debateram o projeto do complexo portuário “Porto Potengi”.

‘RN: o ponto mais interessante’

Autor do projeto arquitetônico do Complexo Portuário Porto Potengi, o italiano Cláudio Carlucci apresentou a proposta do novo porto e enalteceu a localização do Rio Grande do Norte para as operações portuárias. “É o estado mais próximo da África e da Europa e tem um fluxo intenso de navios próximo a sai costa. É o ponto mais interessante para a instalação de uma estrutura como o complexo portuário”, aponta.

“Esse projeto nasceu como uma ideia para solucionar o problema do transporte que atinge o estado e é pensado não para nós, agora, mas para que as gerações futuras deem seguimento do desenvolvimento da região”, explica Carlucci. “Acredito que essa é a base para o futuro do RN”, completa.

Ele argumenta que gargalos na questão do transporte são manifestados por todo um conjunto de representantes do setor produtivo. “A FIERN, sobretudo, fez uma análise das potencialidades do estado e aponta que diversas riquezas do estado precisam ir até estado vizinhos para serem devidamente transportadas. Essa forma de escoamento da produção não é sustentável e precisa ser solucionada”, ressalta o arquiteto.

Um projeto com essas dimensões pode gerar 20 a 25 mil postos de trabalho para a operação portuária, destaca Carlucci. “É por isso que propomos instalar perto de um centro urbano”, diz.

O arquiteto também aponta desafios que precisam ser considerados para a construção do porto. “Além do rio ter um calado baixo, a ponte que atravessa o rio pode ser uma dificuldade. A geografia potiguar também é peculiar, pois o oceano tem baixas profundidades na costa, o que dificulta encontrar um lugar que comporte uma estrutura para grandes embarcações”, afirma.

Já o coordenador da Dux Consultoria, Carlos Alberto Nobrega, apresentou o estudo que a empresa está realizando de viabilidade do projeto do complexo portuário. Ele explica que estão na primeira de cinco etapas. “Estamos em um momento de levantar e atualizar informações com a sociedade. Estivemos com a FIERN, por exemplo, que nos proporcionou dados importantes para o andamento do estudo”, disse.

Em seguida, o estudo deve analisar a demanda do mercado de cargas no estado; desenvolver um projeto conceitual de engenharia; fazer a análise ambiental; e avaliar a viabilidade econômico-financeira. “Ninguém tem dúvida da viabilidade econômica do projeto, pois a infraestrutura traria benefícios enormes para a região, mas é preciso avaliar a viabilidade financeira para instalar esse equipamento”, pondera.

O estudo realizado pela consultoria é apenas o primeiro de três demandados pela CNT, que também deve analisar o sistema rodoviário para o complexo e, em seguida, o sistema ferroviário.

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