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Transição na indústria de construção pode movimentar US$ 1,8 tri até 2030

Suprimento de energia, recirculação e descarbonização de materiais são algumas das estratégias para reduzir emissões de edifícios

Nayara Machado / Agência EPBR
https://epbr.com.br/transicao-na-industria-de-construcao-pode-movimentar-us-18-tri-ate-2030/

Responsável por 37% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE), a cadeia de valor da indústria da construção precisa acelerar sua transição para materiais mais sustentáveis, com o potencial de desbloquear US$ 1,8 trilhão em oportunidades de mercado, sendo US$ 360 bilhões na China, calcula relatório do Fórum Econômico Mundial e Boston Consulting Group.

Para destravar essas oportunidades é preciso, no entanto, superar barreiras como lacunas nas regulamentações e nos padrões da indústria, gestão de dados e adoção de tecnologias avançadas, biomateriais, financiamento e capacitação da força de trabalho.

Faltam padrões e exemplos do que seriam os edifícios do futuro, e o custo desses novos materiais – que ainda não estão disponíveis em escala – retarda o movimento em direção à descarbonização.

“O planejamento de uma transição verde completa das construções deve levar em conta o papel da cadeia de valor inteira, o que inclui emissões relacionadas à produção, construção, operação, fim da vida e além da vida útil do ativo”, diz o relatório (.pdf)

O setor envolve múltiplas indústrias difíceis de descarbonizar, como cimento e aço. Depois de prontos, os edifícios também se convertem em espaços onde se consome muita energia.

Desenvolver novos materiais e métodos de construção com menor impacto ambiental e maior eficiência no consumo de energia e insumos são algumas das estratégias elencadas pelo relatório para reduzir as emissões do segmento em 80% até 2030.

Isso também resultaria em retornos financeiros, tanto relacionados aos novos produtos, quanto às economias trazidas pela eficiência.

“A nova fronteira de crescimento e competitividade para os players do setor de construção será desenvolver materiais, métodos de construção e alcançar resultados operacionais que sejam de carbono zero líquido, positivos para a natureza e resilientes a choques climáticos extremos, promovendo o bem-estar da comunidade e as conexões interpessoais”, resume Gim Huay Neo, diretora administrativa do Fórum Econômico Mundial.

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