Mercado livre ganha mais de 1,4 mil pontos de consumo no 1º trimestre

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Setor representa 37% da demanda total de energia elétrica do Brasil, aponta levantamento da CCEE

Mateus Badra | Canal Solar
Link para a matéria: https://canalsolar.com.br/mercado-livre-ganha-mais-de-14-mil-pontos-de-consumo-no-1o-trimestre/

O mercado livre de energia ganhou mais de 1,4 mil novas unidades consumidoras no primeiro trimestre de 2023, volume que representa um crescimento de 30% na comparação com o mesmo período do ano passado. É o que apontou a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica)

Segundo a entidade, considerando o avanço observado no ano, o mercado já agrupa mais de 32 mil pontos de consumo e representa 37% da demanda total de energia elétrica do Brasil.

A maior parte dos novos pontos de consumo do primeiro trimestre, cerca de 850, está na categoria Especial, que dá aos agentes o direito de escolher fontes incentivadas, como eólica, solar, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas. O restante está na faixa Livre, que pode negociar com qualquer tipo de fonte.

Na avaliação por ramos de atividade econômica, a maioria das unidades de consumo do mercado livre está distribuída entre os setores de comércio, serviços e alimentos. Já no levantamento regional, os pontos estão mais concentrados em São Paulo (10 mil), Rio Grande do Sul (3 mil) e Minas Gerais (2,9 mil).

Ampliação do mercado livre

A CCEE afirmou que tem contribuído ativamente para a abertura do mercado livre para mais consumidores, com contribuições junto ao MME (Ministério de Minas e Energia) e a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica). O objetivo é garantir que o processo seja sustentável, contínuo e previsível.

No entendimento da organização, essa transformação deve ser acompanhada por aprimoramentos regulatórios e pelo fortalecimento da figura do comercializador varejista, que será o responsável por representar os consumidores no dia a dia da comercialização de energia.

Em setembro de 2022, o MME publicou a Portaria 50/2022, que permite que todos os consumidores ligados na alta tensão, como indústrias e médias empresas, possam operar no mercado livre a partir de 2024.

A pasta também abriu uma Consulta Pública para contribuições do mercado com relação ao cronograma de abertura para residências, pequenas empresas, unidades rurais e do serviço público.