Leilão de Energia Nova A-5 atrai mais de R$ 3 bilhões em investimentos

Share on facebook
Share on google
Share on twitter
Share on linkedin

Contratos firmados nesta quinta-feira tiveram deságio médio de 17,48%, com economia de mais de R$ 1,2 bilhão no custo a ser considerado nas tarifas para o consumidor

A Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE concluíram nesta quinta-feira (30/9) o Leilão de Geração n° 8/2021, também conhecido como Leilão de Energia Nova A-5. O certame atraiu investimentos da ordem de R$ 3,067 bilhões. Os recursos viabilizarão obras de 40 usinas, que somam 860,796 megawatts (MW) de potência e fornecerão energia elétrica para atender a demanda do mercado de distribuidoras a partir de 2026. Foram negociados contratos de geração hídrica, eólica, solar e de térmicas que utilizam como combustível biomassa e resíduos sólidos.

Este foi o terceiro leilão de energia nova organizado em 2021. O deságio médio das negociações foi de 17,48%. No lado comprador, cinco distribuidoras apresentaram demanda para adquirir a energia oferecida pelas usinas participantes: CELPA, CEMAR, CPFL Jaguari, CPFL Paulista e Light. Com os acordos firmados, elas serão abastecidas pelos empreendimentos contratados por até 25 anos, a depender do tipo de fonte. Uma vez que os contratos foram fechados por preço abaixo do valor nominal, a economia obtida foi de R$ 1.269 bilhão.

“Consideramos que o leilão foi muito bem-sucedido, haja vista a contratação de toda a demanda declarada pelas distribuidoras”, afirma André Patrus, gerente executivo da Secretaria Executiva de Leilões da ANEEL. “O cadastramento dos empreendimentos pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) mostrou o interesse dos empreendedores em participar do certame e o nível de competição. Essa oferta provavelmente se refletirá em boa competição e bons deságios também nos futuros leilões.”

O presidente do Conselho de Administração da CCEE, Rui Altieri, avalia o bom desempenho do certame. “Especificamente na contratação de térmicas, nós conseguimos um deságio de 25,68%, com a comercialização de energia de usinas a biomassa. O resultado vai ao encontro do nosso objetivo de modernizar o parque brasileiro e substituir usinas mais caras por empreendimentos mais baratos”, afirma.

Em relação à geração de eletricidade a partir de resíduos sólidos, este foi o primeiro leilão que considerou esse tipo de combustível. A energia será fornecida por uma usina localizada na região de Barueri (SP).