Geração solar distribuída arrecadou mais de R$ 30 bilhões no Brasil desde 2012

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A modalidade, que permite que consumidores produzam a própria energia, criou mais de 720 mil empregos no país na última década

Ricardo Casarin / Portal Solar

A geração distribuída de energia solar soma R$ 30,8 bilhões arrecadados aos cofres públicos desde 2012, estima a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). A modalidade, que permite que consumidores brasileiros produzam a própria eletricidade, superou a marca de 24 GW de capacidade instalada na última segunda-feira (23/10).

Segundo mapeamento da entidade, o país possui mais de 2,1 milhões de sistemas solares fotovoltaicos instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos. Desde 2012, foram cerca de R$ 121,0 bilhões em novos investimentos, que geraram mais de 720,7 mil empregos acumulados no período, espalhados em todas as regiões do Brasil.

A tecnologia fotovoltaica já está presente em 5.539 municípios e em todos os estados brasileiros, sendo que os estados líderes em potência instalada são, respectivamente: São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná.

De acordo com o presidente do conselho de administração da Absolar, Ronaldo Koloszuk, com a energia solar, o país pode, em pouco tempo, tornar a matriz elétrica brasileira ainda mais limpa e renovável.

“Embora as 3,1 milhões de unidades consumidoras abastecidas com energia solar distribuída sejam motivo de comemoração, há ainda muito espaço para crescer, já que o Brasil possui cerca de 91,7 milhões de unidades consumidoras de energia elétrica e começa a avançar no modelo ideal de transição energética”, comentou o dirigente.

“Devemos seguir o exemplo de países mais desenvolvidos nesta área, em especial a Austrália, que, com boas políticas públicas, tornou-se referência global no uso da energia solar em residências e empresas, com cerca de 30% das unidades consumidoras naquele país atendidas por sistemas fotovoltaicos”, ressaltou Koloszuk.

Já o CEO da Absolar, Rodrigo Sauaia, apontou que o crescimento da geração própria de energia solar fortalece a sustentabilidade, alivia o orçamento das famílias e amplia a competitividade dos setores produtivos brasileiros.

“A geração própria instalada em telhados, fachadas e pequenos terrenos, diretamente nos centros urbanos e de consumo, ajuda a fortalecer e traz mais resiliência à rede elétrica, ao concentrar a geração de eletricidade próximo dos locais de consumo.”

“Isso reduz o uso da infraestrutura de transmissão, aliviando pressões sobre sua operação e diminuindo perdas em longas distâncias, o que contribui para a confiabilidade e a segurança em momentos críticos”, explicou o executivo.

“A fonte solar é, portanto, uma alavanca para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do país. O crescimento da geração própria da energia fotovoltaica também amplia a atração de capital e impulsiona a geração de mais emprego e renda aos brasileiros”, concluiu Sauaia.