Representantes de vários estados brasileiros participaram da 10ª edição da Solar Invest – a Conferência Nacional de Energia Solar. O evento está sendo realizado pela primeira vez no Piauí e tratou da regulamentação da geração de energia por fonte solar no Brasil.
O Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (CERNE) participou da 10º Conferência Nacional de Energia Solar – Solar Invest, nos dias 27 e 28 de março, em Teresina, Piauí. A ocasião reuniu executivos, especialistas e investidores do setor produtivo de energia fotovoltaica para debater o aprimoramento e regulamentação da geração de energia solar no Brasil.
O evento apresentou temas importantes para o setor, como as potencialidades econômicas da cadeia de serviços, a vocação da energia solar centralizada na matriz elétrica nacional, os efeitos projetados com o crescimento da aquisição de telhados solares e exemplos de empreendedorismo no setor fotovoltaico.

Solar Invest é uma realização do CERNE e Viex Américas. Da esquerda para direita: Darlan Santos (CERNE), Davi Farias (Viex), Olavo Oliveira (CERNE), Rodrigo Carvalho (Viex) e Eduardo Bonatto (Viex).
O Diretor Presidente do CERNE, Darlan Santos, destacou a importância de o evento ser realizado no estado em que os investimentos na implantação de projetos de geração fotovoltaica estão em evolução. “O Piauí está localizado numa região com grande recurso energético e com possibilidade para conexões ao Sistema Interligado Nacional (SIN), sendo esse atrativo de empreendedores para a realização de investimentos”, disse.
Para Olavo Oliveira, Diretor Setorial de Tecnologia, Pesquisa e Inovação do CERNE, foi observado a receptividade por parte do Governo do Estado em oferecer um ambiente bem regulado e convidativo para a implantação dos projetos “levando em consideração os possíveis impactos socioeconômicos na região como a geração de empregos e capacitação profissional dos municípios envolvidos“, completa Oliveira. Ele apresentou uma palestra sobre energia heliotérmica (CSP), e explicou a obtenção de energia elétrica através do aquecimento de um fluido pela energia solar.
O evento também serviu como elo entre a entidade e os centros de pesquisa. “Aproveitamos o encontro para estabelecer e fortalecer relações junto a instituições como IFRN e IFPI, com o SEBRAE e com a ABSOLAR, com a finalidade de promover uma agenda regional para as energias renováveis, como meio de desenvolvimento do setor na região nordeste”, concluiu Olavo.
Para o Governador do Piauí, Wellington Dias, a produção de energia através de matrizes renováveis é uma alternativa cada vez mais viável. “A possibilidade de integração da energia solar e energia gerada por hidroelétricas, eólicas ou de outras matrizes, permite que você possa fornecer energia, por exemplo, à rede da Equatorial Cepisa e receber um crédito de compensação. Em breve, seremos capaz de, não apenas ser autossuficiente, mas também exportar energia elétrica”, explicou.
Atualmente, o Piauí é o quarto maior produtor de energia solar do Brasil. Há projetos para implantação de novos parques fotovoltaicos nos municípios de Lagoa do Barro e Queimada Nova. “O Estado já caminha para que, com esse investimento que está sendo feito pela Enel Green Power juntamente com essa de Ribeira do Piauí e outros, tenha chances de ficar em primeiro ou segundo lugar no Brasil em geração de energia solar”, concluiu Dias.
O presidente do Sebrae no Piauí, Freitas Neto, destacou o potencial do Estado em relação às fontes de energia renováveis. “Dentre as potencialidades o que chama atenção hoje, é exatamente a questão das renováveis, começamos com a eólica e agora a energia solar fotovoltaica”, disse. Neto complementou falando sobre o trabalho do Sebrae na região: “Temos um projeto de inserção do pequeno negócio, do microempresário nesse setor para que ele também possa desfrutar das vantagens e possa ter condições de competir com os maiores”.
A Vice – Reitora da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Profa. Dra. Nadir do Nascimento, ressaltou a importância da participação da academia como ferramenta propulsora de pesquisas e capacitação profissional. “A UFPI pode contribuir no desenvolvimento do setor renovável, por atualmente se encontrar em um ambiente de discussão com relação à energia sustentável e por sua responsabilidade na formação dos futuros profissionais que trabalharão nessa área”, concluiu a Vice-Reitora.
Fonte: CERNE Press