Eólicas e solares fotovoltaicas vão liderar expansão da oferta de energia até 2026

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Ambas vão corresponder a uma participação de quase 20% na matriz de energia elétrica

Fábio Couto | Valor Investe

Usinas eólicas e solares vão responder por mais da metade da capacidade instalada adicional ao Sistema Interligado Nacional (SIN) até 2026, de acordo com cálculos do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

O operador lançou hoje o Plano da Operação Energética (PEN 2022) horizonte 2022-2026, que projeta as condições de atendimento energético no período.

Pelas contas do ONS, o país terá um aumento de 22,1 gigawatts (GW) de capacidade instalada entre o fim de 2021 e o fim de 2026, passando de 173,8 GW para 195,9 GW, respectivamente.

Desse total, 13,6 GW virão de eólicas e solares nesses cinco anos, de acordo com o ONS. Eólicas vão adicionar 7,9 GW e solares, 5,7 GW – ambas vão corresponder a uma participação de quase 20% na matriz de energia elétrica.

Ainda como a principal fonte de energia, a hidráulica, que reúne grandes e pequenas usinas hidrelétricas, deve perder participação no mix elétrico, avançando apenas 0,2 GW em cinco anos, vendo sua taxa cair de 58,6% no fim do ano passado para 52,1% no fim de 2026.

As térmicas a gás natural, carvão e usinas nucleares devem crescer dos 25,3 GW em dezembro de 2021, para 31,1 GW no fim de 2026 – elevando a participação na matriz de eletricidade de 14,6% para 15,9%.

A biomassa cresce no período (de 14,4 GW para 16,2 GW), mas a participação no mix se mantém em 8,3%.

Os dados não consideram ainda as centrais de micro e minigeração distribuída (MMGD), modalidade que envolve unidades com potência de até 5 megawatts (MW). Até junho, a MMGD possuía potência instalada de mais de 11 GW e a previsão é de que sejam adicionados cerca de 10 GW até 2026.