As estatísticas de energias renováveis e empregos publicadas no balanço anual da IRENA (Agência Internacional de Energias Renováveis) revelam que o número de pessoas empregadas na indústria global de energia renovável cresceu 5% em 2015, chegando a 8,1 milhões. É com energia solar que trabalham os empregadores mais importantes desse setor, responsáveis por 2,8 milhões de postos de trabalho nesse mesmo ano.
No segmento de energias renováveis, o setor de energia solar é globalmente o maior empregador. A maioria dos empregos criados nesse setor foi em operação e manutenção, e os maiores empregadores são a China, o Brasil e a Índia.
No Brasil, atualmente, o maior número de empregados na indústria de energia renovável está nos setores de bioenergia e de grandes hidrelétricas, embora também cresçam os empregos no setor eólico, graças a um aumento nas instalações e manufatura nacional.
Dessa forma, há potencial para que o setor solar fotovoltaico ganhe mercado, à medida que aumentam as instalações e cresce a capacidade planejada para 3,3 GW até 2018. Além dos 60.000 a 90.000 empregos possíveis a serem gerados, a produção nacional de módulos promete um grande potencial à medida que o foco se desloca da instalação.
Na Alemanha, por exemplo, havia 100.000 empregos no setor fotovoltaico quando o mercado atingiu 7 GW em 2012. Várias empresas do setor solar FV já demonstraram interesse em investir em produção local; portanto o mercado de trabalho brasileiro nesse setor, com 4.000 empregados, pode tornar-se uma parte essencial da economia dentro de alguns anos.
Globalmente, as instalações solares FV cresceram em 20% em 2015, com a China, o Japão e os Estados Unidos na liderança. O maior empregador solar FV é a China, com 1,7 milhão de empregos em 2015. Como os Estados Unidos e a União Europeia vêm cobrando impostos sobre as importações de painéis chineses, alguns fornecedores chineses de módulos reagiram implantando novas instalações em países como o Brasil. Além disso, à medida que aumenta a energia solar FV distribuída, torna-se mais fácil implantar localmente certas partes da cadeia de valor – tais como montagem, distribuição ou serviços pós-venda –, criando assim ainda mais empregos.
Fonte: Portal Investimentos e Notícias