O consumo nacional de energia elétrica totalizou 57.686 MW médios, segundo dados coletados entre os dias 1º e 19 de julho. Na comparação com mesmo período do ano passado, o volume representou um crescimento de 2,1%, com alta de 11,6% para o mercado livre e queda de 1% no mercado cativo. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 21 de julho, pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica.
Segundo a CCEE, a expansão do consumo de energia no mercado livre pode ser justificada pela entrada de novas unidades que migraram neste ano para este ambiente. Desconsiderando estas novas unidades consumidoras, houve um crescimento de 3,9%, demonstrando uma pequena reação da atividade econômica do país. Dentre os ramos da indústria monitorados pela CCEE, incluindo autoprodutores, consumidores livres e especiais, todos os setores registram aumento no consumo, exceto o de extração de minerais metálicos (-12%). Os segmentos de comércio (+44,5%), de alimentos (+30,3%) e bebidas (+27,5%) registraram os maiores índices de consumo em julho.
Em relação à geração de energia, houve a entrega de 60.034 MW médios ao Sistema Interligado Nacional em julho, aumento de 2,1% na comparação com os primeiros 19 dias de julho de 2015. Destaque para a produção (4.127 MW médios) das usinas eólicas, que cresceu 57% frente ao mesmo período de 2015. A geração hidráulica, incluindo as PCHs, alcançou 44.075 MW médios, montante 10,4% superior ao registrado no ano passado. A representatividade da fonte foi de 73,4% sobre toda energia gerada no país, índice 5,5 pontos percentuais superior ao registrado em 2015. Os dados preliminares ainda apontam queda de 27,2% na produção das usinas térmicas, impactada pelo desempenho das usinas a óleo (-83,3%), bicombustível (-45,2%) e a gás (-39,5%).
A CCEE também apresenta estimativa de que as usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE gerem, até a quarta semana de julho, o equivalente a 92,8% de suas garantias físicas, ou 45.597 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, este percentual foi de 89%.