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Com apoio do MCTI, Brasil inaugura 1ª planta de produção de petróleo sintético a partir do biogás

Unidade implantada na sede da Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu (PR), também recebeu investimento de 1,8 milhão de euros do governo alemão

MCTI
https://www.gov.br/mcti/pt-br/acompanhe-o-mcti/noticias/2024/06/com-apoio-do-mcti-brasil-inaugura-1a-planta-de-producao-de-petroleo-sintetico-a-partir-do-biogas

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) participou nesta segunda feira (17), na sede da Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu (PR), da inauguração da primeira planta piloto do país de produção de combustível sintético a partir do biogás. A unidade é capaz de gerar diariamente 6 kg de bio-syncrude, o petróleo sintético obtido a partir do biogás e hidrogênio verde, que será destinado à produção de combustível sustentável para aviação (Sustainable Aviation Fuel – SAF).

A ministra Luciana Santos visitou a unidade e ressaltou a atenção do governo federal à pauta das mudanças climáticas e descarbonização. “Além da possibilidade de diversificar a oferta de combustíveis mais sustentáveis, o aproveitamento de diferentes matérias primas para a produção de biogás e outros hidrocarbonetos sustentáveis contribuem com a economia circular. Ao aproveitar resíduos agroindustriais, a cadeia de valor do biogás é prolongada, e ainda abre caminhos para novos combustíveis sem impactos climáticos”, explicou.

A implantação da Unidade de Produção de Hidrocarbonetos Renováveis em Itaipu contou com apoio do MCTI por meio de duas iniciativas em cooperação com o governo da Alemanha: o Projeto H2Brasil, em colaboração com o Ministério de Minas e Energia, e o Projeto ProQR. A planta piloto também recebeu investimento de cerca de 1,8 milhão de euros por meio do Ministério Federal para Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha (BMZ).

Em setembro de 2023, outra iniciativa voltada a combustíveis sustentáveis e apoiada pelo MCTI foi lançada: o Laboratório de Hidrogênio Verde e Combustíveis Avançados no Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis, em Natal (RN). A unidade conta com uma planta de produção de SAF a partir da glicerina, um coproduto da produção de biodiesel.

“Neste governo, a ciência é tratada como política de Estado e constitui pilar do desenvolvimento nacional. Para nós, uma missão primordial da nova política industrial brasileira é promover o engajamento da indústria na transição tecnológica, ambiental e social”, ressaltou Luciana Santos.

A ministra ainda assinou junto com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, um Termo de Cooperação Técnica que tem o objetivo de modernizar as operações dos portos públicos brasileiros, promovendo a eficiência e segurança das atividades por meio da implementação de pesquisa e desenvolvimento com a realização de projetos de infraestrutura e descarbonização.

Planta de produção

O processo de produção do bio-syncrude utiliza até 50 metros cúbicos normais por dia (Nm³/d) de biogás gerado na unidade de biodigestão da Itaipu, combinado com 53 Nm³ de hidrogênio verde produzido pelo Parque Tecnológico Itaipu (PTI). O combustível sintético produzido na Unidade de Produção de Hidrocarbonetos Renováveis será enviado para o Laboratório de Cinética e Termodinâmica Aplicada (Lacta) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba, para caracterização e refino, visando obter frações de combustível sustentável para aviação.

A planta foi concebida numa parceria entre os projetos ProQR e H2Brasil, ambos do MCTI, implementada pela Deutsche Gesellscha für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH em parceria com o Ministério de Minas e Energia (MME) e financiada pelo Ministério Federal da Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha (BMZ) – com contrapartida da Fundação Araucária e execução pelo Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás), Universidade Federal do Paraná (UFPR), e também apoio do Centro de Pesquisa em Hidrogênio do Parque Tecnológico de Itaipu (PTI).

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