Biogás tem crescimento em ritmo acelerado no Brasil

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O país deverá produzir 30 milhões de metros cúbicos por dia do produto em 2030. Só no biometano estão previstas para entrar no mercado 25 novas usinas até 2027

Simone Goldberg | Valor Econômico

Segundo reportagem do Valor Econômico, o setor de biogás está se expandindo em ritmo acelerado no Brasil. A Associação Brasileira do Biogás (ABiogás) estima investimentos de R$ 60 bilhões em novas usinas até 2030, elevando a produção brasileira dos atuais cerca de 4 milhões de metros cúbicos diários – dos quais 10% são do derivado biometano – para 30 milhões de metros cúbicos por dia

“Existem projetos em curso para implantação de novas usinas e expansão de unidades existentes, tanto para geração de energia elétrica quanto para a produção de biometano”, diz a gerente-executiva da entidade, Tamar Roitman. No caso deste último, a entidade mapeou a entrada de 25 novas usinas até 2027. Elas produzirão 2,3 milhões de metros cúbicos diários e somam mais de R$ 7 bilhões em investimentos.

Para o CEO da empresa Geo Biogás & Tech, Alessandro Gardemann, o potencial do biogás no Brasil é enorme, da ordem de 120 milhões de metros cúbicos por dia. Segundo o executivo, se todo este potencial fosse utilizado, seria possível suprir 70% do consumo de óleo diesel no país ou atender a 34,5% da demanda elétrica.

A diretora de biogás e CEO da empresa Raízen Geo Biogás, Raphaella Gomes, destaca que o biometano é competitivo quando comparado às alternativas fósseis, porque tem produção local e próxima aos centros de consumo e ainda serve de matéria-prima para a fabricação de outros produtos renováveis, como hidrogênio e amônia verdes.

A gerente-executiva da ABiogás, Tamar Roitman, avalia que, “além de gerar energia 100% renovável, uma usina de biogás ‘bruto’ tem eficiência de aproximadamente 40% de geração elétrica e operação equivalente a uma termelétrica a gás natural. Assim como o gás natural, o biogás é despachável, tem geração firme e pode ser armazenável, além de ser descentralizado”.

Programa Metano Zero

O Programa Metano Zero foi lançado pelo governo federal no fim de março e inclui linhas de crédito e desoneração tributária para projetos do setor. A iniciativa, que ajudará a reduzir as emissões de carbono, foca no aproveitamento dos resíduos urbanos (aterros sanitários) e orgânicos (oriundos da criação de animais e da produção de cana-de-açúcar).

O texto completo pode ser conferido em Valor Econômico