Abertura do 11° Fórum Nacional Eólico reúne lideranças políticas e empresariais

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Natal está sendo o centro dos debates sobre o setor econômico que mais cresce no país: a energia eólica. A capital do Rio Grande do Norte sedia até sexta-feira, 16, o 11° Fórum Nacional Eólico – Carta dos Ventos. Com número recorde de inscritos, cerca de 1.500 participantes, o evento é considerado o maior encontro político-econômico do setor eólico nacional.

O primeiro dia marcou a chegada do evento com a solenidade de abertura que contou com a presença de altas hierarquias do governo, empresários do setor, integrantes da cadeia de fornecimento e especialistas do setor de energias renováveis.

O diretor-presidente do CERNE, Darlan Santos, abriu o encontro e destacou que o evento não acontece no Rio Grande do Norte por acaso. “Este é o maior estado produtor de energia eólica do país. Bateu a marca dos 4GW este ano e tem mais 1,4GW a serem instalados dentro dos próximos leilões. São novos projetos vencedores que trarão mais investimentos para o Rio Grande do Norte”, disse.

“Também temos um potencial grandioso para geração solar fotovoltaica, que deverá trilhar o mesmo caminho já consolidado atualmente pelas eólicas”, frisou o presidente do CERNE.

O Rio Grande do Norte é o estado que lidera a geração de energia eólica no Brasil, contando cerca de 30% do potencial instalado no país. O trabalho do Governo do RN para consolidar a posição no ranking e ampliar os investimentos foi o destaque do discurso da governadora Fátima Bezerra.

“A responsabilidade do Governo é manter o Rio Grande do Norte na frente. Por isso estamos imprimindo um trabalho sério e dedicado para emitir licenças ambientais mais rápidas, garantindo segurança jurídica sem descuidar da qualidade técnica”, destacou Fátima Bezerra.

O senador Jean Paul Prates (PT/RN) falou sobre o legado da chamada “indústria dos ventos”. Prates é um dos nomes mais conhecidos na defesa do setor de energias renováveis no Rio Grande do Norte. Durante a gestão da então governadora Wilma de Faria (2003-2010), o parlamentar atuou como secretário estadual de Energia e foram implantadas as primeiras ações de desenvolvimento para o setor energético potiguar.

O senador traçou um panorama da energia eólica no estado: “O primeiro leilão eólico aconteceu em 2009, com a chegada de 23 usinas. Isso abriu as portas para o setor que desde então despontou e revelou o pioneirismo do Rio Grande do Norte na geração deste tipo de energia renovável”, explicou.

Além do histórico das eólicas, o parlamentar também apresentou os novos cenários que despontam: o uso de terras de assentamento, e as eólicas offshore, onde os parques são instalados em alto mar ou na costa marítima.

O secretário Secretário Adjunto de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Helvio Neves, ressaltou em seu discurso que graças aos investimento em geração eólica, a receita municipal de alguns municipios foi multiplicada em quinze vezes.

“Isso mostra a importância de criarmos um ambiente de propício para atração de investimento nesse tipo de fonte, além de ampliarmos a diversificação da matriz energética do país”, disse o representante do Governo Federal.

Na esfera acadêmica, o Reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), prof. Daniel Melo enfatizou a importância de se manter o olhar atento para os estudos no campo das energias. Ele afirmou que a universidade está honrando com o compromisso de produzir conhecimento como ferramenta para capacitação profissional e que promova avanços no setor de energia.

Mais de dois terços das operações do setor eólico nacional estão concentradas na região nordeste do Brasil. O consultor de energia da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), Jurandir Picanço, trouxe a informação de que na última segunda-feira (12) foi registrado que 85% da energia consumida no nordeste veio das eólicas.

O secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, Jaime Calado, também ressaltou a parceria do Governo com o meio acadêmico no desenvolvimento de novas estratégias para conquista de investimentos. “Estamos trabalhando na construção do novo atlas eólico e solar do Rio Grande do Norte, que vai abrir novas possibilidades de geração de energia e, consequentemente, facilitar os investimentos”, disse ele.

O atlas deverá contar com dados sobre o potencial eólico de geração de energia offshore, que é a instalação de aerogeradores no mar. A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e a Petrobras jáconduzem um projeto-piloto para instalação do primeiro parque na costa de Guamaré dentro dos próximos anos. O potencial previsto de geração no trecho entre a Costa Branca potiguar e o Ceará é de 140 GW (gigawatts), que representa dez vezes mais do potencial instalado no país atualmente.

Fonte: CERNE Press

Fotos: Elisa Elsie/Governo RN