Energia solar impulsiona resultado histórico, respondendo por dois terços dos US$ 358 bilhões aportados no período, mostra estudo da BloombergNEF

Ricardo Casarin / Portal Solar
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Os investimentos em energia renovável atingiram US$ 358 bilhões no primeiro semestre de 2023, um crescimento de 22% em relação ao igual período de 2022 e o maior resultado já registrado para qualquer semestre, indica estudo da Bloomberg New Finance (BNEF). Desse total, US$ 335 bilhões correspondem ao desenvolvimento de projetos de geração, montante 14% superior na comparação anual.

Conforme o estudo, a energia solar fotovoltaica foi o principal propulsor do desempenho, respondendo por US$ 239 bilhões em investimentos em usinas de grande porte e sistemas de menor escala, representando dois terços do total dos aportes globais em energia renovável no semestre e um avanço de 43% na comparação com o igual período de 2022.

A China foi responsável por quase metade de todo o investimento no setor solar no semestre. O cenário foi impulsionado por preços mais baixos de painéis solares, um mercado robusto de geração distribuída e o comissionamento das denominadas megabases de energia do país, que visam desenvolver instalações de grande porte de geração solar e eólica em áreas desérticas.

Em contraste com o avanço da solar, o investimento em energia eólica caiu 8% na comparação com os primeiros seis meses do ano passado, totalizando US$ 94 bilhões. O segmento onshore registrou queda pelo quarto semestre consecutivo, com US$ 64,5 bilhões, redução de 21% na mesma base de comparação.

A BNEF atribui o resultado a restrições de rede, dificuldade de licenciamento e falta de políticas de incentivo em diversos mercados do mundo, levando a uma redução no pipeline de projetos. O segmento offshore obteve avanço de 47%, com aportes totalizando US$ 29,2 bilhões no período.