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Localização privilegiada na esquina da América do Sul, um dos pontos mais próximos dos continentes africano e europeu. Estes elementos geográficos dão ao Rio Grande do Norte um potencial gigantesco em termos de logística. Algumas questões, entretanto, inviabilizam a chegada ao Porto de Natal, já que as embarcações precisam passar por debaixo da ponte Newton Navarro para atracar no terminal da capital potiguar. Foi o caso da empresa francesa CMA-CGM, que com a compra de navios maiores, não vai mais operar no porto natalense, já que as novas embarcações não conseguirão operar no terminal.
Segundo a Companhia das Docas do Rio Grande do Norte (Codern), a saída da operação da francesa CMA-CGM no Porto de Natal causará queda equivalente a 13% no faturamento planejado para 2023. Mas esta situação pode ser contornada nos próximos anos. Isso porque a Confederação Nacional dos Transportes (CNT) contratou uma empresa para realizar um Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA), do chamado Porto Potengi, que ficaria na margem oposta ao atual porto de Natal. “Nós contratamos uma empresa que vai fazer o estudo sobre a ideia do Novo Porto de Natal, do outro lado do Rio. Uma empresa vai fazer o estudo de viabilidade econômica do porto. Daí em diante, teria um processo natural. O primeiro passo é saber a viabilidade econômica que o porto teria. O projeto é do outro lado do Porto Atual”, disse Eudo Laranjeiras, vice-presidente de Transporte Rodoviário de Passageiros da CNT, à reportagem.
De acordo com Laranjeiras, existe um projeto robusto, com a entrada ocorrendo pela Zona Norte e também com aproveitamento de modal ferroviário para São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal. “Já foi feito um projeto que não é só o porto, é o porto com a entrada pela Zona Norte, com uma ligação ferroviária para São Gonçalo. É um projeto amplo. A CNT entrou para que a gente faça esse estudo de viabilidade econômica, primeiro, para ver se realmente existe na nossa economia a capacidade de um porto maior, para vir a quantidade de mercadorias que a gente compra e vende através do porto. Isso é o estudo de viabilidade econômica”, afirmou.
No entanto, ainda não há uma confirmação exata se o atual Porto de Natal iria operar em conjunto com o novo terminal. Eudo Laranjeiras foi questionado se a capital potiguar passaria a ter dois terminais, mas não deu certeza, uma vez que tudo depende do estudo de viabilidade técnica que, segundo o vice-presidente da Confederação Nacional dos Transportes, terá início neste mês de março. “Na realidade, acho que sim. O de comércio, de negócios, é o novo. O antigo poderia ser da Marinha, outra coisa, ou não sei se quando tiver navios de turismo. Sei que o outro porto seria totalmente novo”, explicou.