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CPFL Renováveis lucra R$ 50,121 milhões no 3º trimestre, alta de 90,1%

A CPFL Energias Renováveis encerrou o terceiro trimestre deste ano com um lucro de R$ 50,121 milhões, o que corresponde a um crescimento de 90,1% frente o reportado no mesmo período do ano passado. No acumulado do ano, porém, a companhia registra prejuízo de R$ 117,46 milhões, montante 10,6% menor que a perda de R$ 131,36 milhões anotada entre janeiro e setembro de 2015.

O Ebitda também registrou avanço significativo neste início de segundo semestre – na comparação com o verificado no terceiro trimestre do exercício anterior, cresceu 16,6%, para R$ 344,89 milhões. A margem Ebitda, porém, recuou 5,4 pontos porcentuais, para 68,2%. Em nove meses, a expansão do Ebitda é de 15%, somando R$ 723,6 milhões, e a margem avançou 3,9 p.p., para 63,2%.

A receita da companhia cresceu 25,9% entre julho e setembro, para R$ 505,8 milhões, contribuindo para o avanço de 7,8% no acumulado do ano, para R$ 1,144 bilhão.

A companhia informou que os resultados trimestrais da companhia foram favorecidos pela maior geração nas eólicas, decorrente da entrada em operação dos novos parques pertencentes aos complexos Campo dos Ventos e São Benedito e da maior velocidade dos ventos nos meses de julho a setembro. Também contribuíram para o desempenho da geradora a maior receita proveniente das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), em função da estratégia de sazonalização da garantia física, e o aumento da produção de energia das usinas a biomassa, em razão da normalização da operação na Bio Pedra (SP).

“Não houve qualquer evento extraordinário, o desempenho está ligado à operação: os ventos estão melhores no Ceará, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul, e tivemos entrada em operação de novos parques”, disse o diretor presidente interino da CPFL Renováveis e diretor financeiro e de Relações com Investidores, Gustavo Sousa, citando o fato de que até o final do trimestre os dois complexos eólicos estavam com 44% da capacidade em operação – índice que já subiu para 75% em novembro. Ele comentou ainda sobre as melhores condições hidrológicas para as PCHs e a entrada em operação da usina Mata Velha, em Minas Gerais, em maio passado, que propiciaram o aumento da geração hídrica.

Já no que diz respeito à queda da margem Ebitda, Sousa explicou que a companhia teve dois eventos que influenciaram no indicador: o aumento do quadro de funcionários, que passou de 373 para 428 em um ano, e o efeito do acordo coletivo, na base maior. No total, o custo com pessoal, material, serviços de terceiros e outros (PMSO) atingiu R$ 50,9 milhões no terceiro trimestre, o que corresponde a um aumento de 24,6% em relação ao mesmo período de 2015.

“Questões pontuais influenciaram os resultados trimestrais, mas a margem ainda é bastante elevada, especialmente se considerarmos que falamos de uma companhia que gerou R$ 1 bilhão de Ebitda”, disse.

Fonte: Istoé Dinheiro

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