Voltalia iniciará construção de usina eólica no Rio Grande do Norte

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O Brasil é peça fundamental nos planos da empresa de energia renovável Voltalia, de origem francesa. A companhia está prestes a iniciar a construção de mais um parque eólico, no Rio Grande do Norte, com capacidade instalada de 27 MW. Ao todo, a Voltalia já soma 381 MW em funcionamento no País, mas esse número vai aumentar nas próximas semanas, já que a empresa colocou em operação recentemente o Complexo Eólico Vila Pará, também no Rio Grande do Norte. Quando estiver em pleno funcionamento, o empreendimento ajudará a companhia a chegar à marca de 402 MW de capacidade. “O Brasil representa hoje a maior parte dos MWs instalados pelo grupo Voltalia. Esta posição se deve ao fato de que apostamos muito cedo no setor eólico brasileiro, até mesmo antes de existir o mecanismo de leilão“, explicou o diretor-geral da Voltalia no Brasil, Robert Klein. O executivo também falou sobre a expectativa que a empresa tem em relação ao País: “Apesar de no momento não haver tanta demanda para 2019, acreditamos que o cenário deve mudar. É preciso dar continuidade aos investimentos que foram realizados e não aderir à política stop and go, pois quando a economia retomar seu crescimento, o País precisará de infraestrutura energética suficiente para suportar a demanda”, afirmou.

Quais são os projetos em execução mais recentes da companhia no Brasil?

Recentemente, a Voltalia iniciou a operação de 26 aerogeradores, com 3 MW de capacidade instalada cada, em seu Complexo Eólico Vila Pará, localizado no município de Serra do Mel (RN). A partir da entrada em operação desses 78 MW em Vila Pará, a Voltalia ajudou o Brasil a ultrapassar a marca histórica de 10 GW de energia eólica. Nas próximas semanas, esperamos colocar 100% de Vila Pará em operação, que possui capacidade instalada total de 99 MW.

Em junho deste ano, inauguramos o Complexo Eólico Vamcruz, também no município de Serra do Mel (RN), e que possui capacidade instalada total de 93 MW, por meio de seus 31 aerogeradores. Vamcruz tem potencial para gerar aproximadamente 450 gigawatts-hora (GWh) por ano, energia suficiente para atender mais de 200 mil famílias, e ainda reduzir a emissão de CO2 em aproximadamente 160.535 toneladas por ano.

Qual a perspectiva da empresa com o mercado brasileiro?

Ajudamos o Brasil a atingir a marca histórica de 10 GW de energia eólica e isso é motivo de muito orgulho para a Voltalia. Levando em consideração os 78 MW já em operação em Vila Pará, possuímos um total de 381 MW em funcionamento no Brasil, localizados, principalmente, no estado do Rio Grande do Norte. Assim que Vila Pará passar a operar com 100% de sua capacidade, esse total será de 402 MW. Por isso, a Voltalia acredita no Brasil e em seu potencial de gerar energia limpa e renovável.

Apesar de no momento não haver tanta demanda para 2019, acreditamos que o cenário deve mudar. É preciso dar continuidade aos investimentos que foram realizados e não aderir à política stop and go, pois quando a economia retomar seu crescimento, o país precisará de infraestrutura energética suficiente para suportar a demanda.

Qual o balanço que a empresa faz desde que começou sua operação no Brasil, em 2006?

Além do Brasil, a Voltalia historicamente está presente na França, Grécia, Guiana Francesa e Marrocos. O Brasil é peça-chave nos negócios da companhia, haja visto a representatividade no total de volume de MW instalados por aqui. Prova disso são os 381 MW em operação atualmente, com a expectativa de atingirmos 402 MW nas próximas semanas assim que Vila Pará estiver operando em sua plenitude. Além de Vila Pará, a Voltalia possui outros 3 complexos eólicos em atividade no Rio Grande do Norte. São eles: Complexo Eólico de São Miguel do Gostoso*, com 36 aerogeradores e capacidade instalada total de 108 MW; Complexo Eólico Areia Branca, com 30 aerogeradores e capacidade instalada total de 90 MW; e Complexo Eólico Vamcruz**, com 31 aerogeradores e capacidade instalada total de 93 MW. Outro empreendimento da Voltalia no Brasil é a usina de Oiapoque, uma central hidrotérmica com capacidade instalada de 12 MW.

Qual a expectativa para os próximos leilões de energia no País?

O leilão de dezembro vai depender, essencialmente, da demanda que o governo vai colocar. Nossa expectativa é que hajam leilões satisfatórios, de forma a suportar toda a cadeia de fornecedores por trás do setor de energia eólica e os investimentos realizados neste setor até então. Como mencionado acima, é essencial dar continuidade aos investimentos já realizados para que o Brasil não entre na chamada política stop and go e consiga suportar a demanda por energia quando o país retomar seu crescimento.

Qual fonte tem rendido mais negócios para a Voltalia no Brasil? A empresa tem planos de expandir seus contratos dentro de alguma outra fonte renovável no Brasil?

No Brasil, a fonte de energia mais utilizada pela Voltalia tem sido o vento. O Nordeste brasileiro, em especial o Rio Grande do Norte, é o local ideal para construir um complexo eólico, devido à sua topografia e, claro, ao vento. No entanto, a Voltalia também atua de maneira a produzir energia limpa e renovável por meio de outras fontes, tais como: solar, hidrelétrica e biomassa. Estamos sempre analisando o mercado e as condições ambientais para realizar investimentos.

A Voltalia hoje está em cinco países. Qual a importância do Brasil para a empresa?

O Brasil representa hoje a maior parte dos MWs instalados pelo grupo Voltalia. Esta posição se deve ao fato de que apostamos muito cedo no setor eólico brasileiro, até mesmo antes de existir o mecanismo de leilão, o que nos proporcionou um posicionamento competitivo, além do quadro geral bastante satisfatório neste setor promissor que motiva players de longo prazo que somos.

O senhor vê algum entrave na legislação do setor elétrico brasileiro que precisa ser superado?

Acredito que uma das chaves de sucesso para que possamos não depender somente do BNDES para financiamento dos projetos é realizar leilões com uma porção dos PPAs em dólar, de tal maneira a atrair outros bancos de desenvolvimento ou comercial e continuar demonstrando competitividade em fontes de energias renováveis no crescimento da matriz energética.  É importante também oferecer mais incentivos ao mercado livre para que não dependamos somente dos leilões para o crescimento do setor.

Quais são os próximos planos e projetos da Voltalia para o Brasil?

Estamos prestes a iniciar a construção de mais um parque eólico também no município de Serra do Mel (RN). É o Vila Acre I com capacidade instalada de 27 MW e que se tornou possível a partir do último leilão de quem a Voltalia participou, em novembro de 2015.

Todos esses empreendimentos localizados no estado do Rio Grande do Norte são possíveis graças à gestão de projetos no conjunto Serra Branca, uma área que reúne projetos adjacentes com potencial de 1,2 GW, desenvolvida pela Voltalia. Os complexos beneficiam-se da infraestrutura já existente, construída em 2014 para o Complexo Eólico Areia Branca e que pertence ao conjunto Serra Branca, incluindo uma linha de transmissão de alta tensão de 52 km e capacidade instalada de 400 MVA, ambos de propriedade da Voltalia.

* O Complexo de São Miguel do Gostoso é uma parceria entre Voltalia e Copel.
** O Complexo Vamcruz é fruto de uma parceria entre Voltalia, Chesf e Encalso.

Fonte: Petronotícias | Davi de Souza