Pico de energia eólica atende 97% da demanda do Nordeste

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O Nordeste registrou um novo recorde na produção de energia eólica às 22h do último sábado (22), quando os aerogeradores da região alcançaram 10.169 MW, com fator de capacidade de 81%. Segundo o monitoramento do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), isso representa 97% da demanda de toda a população nordestina.

No total, mais de 18 milhões de domicílios serão atendidos com esse pico de energia, possibilitado pelos ventos fortes que chegaram em agosto. O último recorde era de 10.121 MW, registrado pela entidade brasileira em junho deste ano.

Atualmente, o país possui parques eólicos em operação comercial distribuídos em oito estados: Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O ONS, que passou a monitorar essas operações em 2006, registra 14.975 MW de energia eólica instalada — o que representa 9,1% da matriz elétrica.

Apesar dessa variedade de parques, 86% de toda a energia eólica do país é produzida no Nordeste. Em agosto de 2019, durante apenas 1 dia, 89% de toda a energia consumida na região vieram dos ventos. Em 2018, os números foram ainda mais impressionantes: no dia 13 de novembro, em um período de 2 horas, 100% da energia consumida no Nordeste foi suprida pelos aerogeradores.

Vantagem geográfica do Nordeste

A região recebe os ventos alísios, que sopram nos trópicos do Equador de leste para oeste, atingindo zonas subtropicais e de baixas altitudes. Em áreas com temperaturas mais elevadas e baixa pressão atmosférica, como o Nordeste, eles atuam durante todo o ano.

Esses ventos são unidirecionais e conhecidos por sua intensidade e constância, características que favorecem a produção desse tipo de energia. Em razão dessas vantagens geográficas, a cada dez parques eólicos construídos no Brasil, oito estão no Nordeste, região que tem recebido muitos investimentos voltados para o desenvolvimento dessa tecnologia.