Leilão da Aneel contrata 62 projetos de geração de energia

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Foi fechada a contratação de 11 projetos hidrelétricos, 48 usinas eólicas, duas térmicas a biomassa e uma usina a gás natural, que devem demandar investimentos de R$ 7,68 bilhões.

O leilão de energia A-6 realizado pelo governo federal nesta sexta-feira (31) fechou a contratação de 62 empreendimentos de geração. Ao todo, os projetos que foram negociados totalizam 1.228,6 MW médios de garantia física e as usinas deverão iniciar o fornecimento de energia elétrica a partir de 1º de janeiro de 2024.

O certame contratou 11 projetos hidrelétricos, 48 usinas eólicas, duas térmicas a biomassa e uma usina a gás natural, que devem demandar investimentos de R$ 7,68 bilhões.

Segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, o leilão movimentou ao todo R$ 23,6 bilhões em contratos. O preço médio ao final das negociações foi de R$ 140,87 por MWh, com deságio de 46,89% em relação aos preços-tetos estabelecidos, representando uma economia de R$ 20,9 bilhões para os consumidores de energia.

O leilão chegou a ser suspenso, mas o Superior Tribunal de Justiça (STJ) derrubou no final da tarde de sexta-feira decisão liminar (provisória) e autorizou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a fazer o certame.

Entre os vencedores do certame, que negociou usinas para entrada em operação em 2024, aparecem elétricas como a CPFL Renováveis, com uma pequena hidrelétrica de 28 megawatts, a EDP Renováveis, com 11 usinas eólicas que somam 429 megawatts, e a Eneva, com uma termelétrica de 363 megawatts, destaca a agência Reuters.

No total, sagraram-se vencedores na licitação projetos eólicos com capacidade de 1,25 gigawatt, enquanto as hidrelétricas somaram 457,8 megawatts e as usinas à biomassa representaram 28,5 megawatts.

Entre térmicas a gás, apenas o empreendimento da Eneva venceu, e não houve contratação de plantas a carvão.

As eólicas deverão receber investimento de R$ 5,8 bilhões, seguidas pela térmica a gás da Eneva, com aporte estimado de R$ 1,09 bilhão, e as hidrelétricas, com R$ 712,5 milhões. Os projetos à biomassa deverão receber cerca de R$ 48 milhões, segundo a Reuters.

As usinas mais baratas do leilão foram as eólicas, que chegaram a negociar energia a R$ 79 por megawatt-hora, um deságio de 65,2% ante o preço-teto definido para a fonte no certame, de R$ 227,

O valor ficou abaixo do registrado no último leilão A-6, em dezembro passado, que chegou a R$ 97 reais, e se aproximou do recorde histórico das licitações, de R$ 67,60, no leilão A-4 de abril.

Participaram do certame, como compradoras da energia, 19 concessionárias de distribuição com destaque para a Ceron (21,4% do total negociado), Cemig (16,48% do total) e Celpe (10,1% do total negociado).

Os contratos são de 30 anos para as usinas hidrelétricas e de 20 anos para as usinas eólicas, ambos na modalidade por quantidade. Já por disponibilidade, os contratos são de 25 anos para os projetos térmicos.

Fonte: Portal G1