Incra-RN quer atrair investidores eólicos para terras dos assentamentos

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Denise Luna

Estadão Conteúdo

Um projeto pioneiro do Incra no Rio Grande do Norte pretende disponibilizar terras dos assentamentos para geração de energia eólica, em troca de obras de infraestrutura e possível retorno financeiro para os assentados, informou nesta sexta-feira, 27, a superintendente regional do Incra no Estado, Leiliane Gurgel, durante o 10º Fórum Nacional Eólico realizado esta semana. O edital para a atração de investidores será publicado em novembro e a previsão é de que em agosto seja realizada uma consulta pública virtual para conhecer os possíveis interessados.

O Incra tem 289 assentamentos no Rio Grande do Norte, ou 10% da área do Estado. Desse total, 112 teriam condições de ter as terras oferecidas à iniciativa privada, que concorreria com outros empreendimentos nos leilões de energia do governo. Como não possui experiência no setor eólico, a autarquia federal fechou um Termo de Cooperação Técnica com o Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne) para realizar estudos que viabilizem a iniciativa.

“Os estudos estão bem adiantados, estamos caminhando a passos largos. A empresa ganha a licitação e poderá construir o empreendimento com uso oneroso do bem público, que são os nossos assentamentos”, disse Gurgel ao Broadcast, estimando que no Estado o projeto poderia beneficiar cerca de 5 mil pessoas que vivem nas áreas cedidas pelo Incra.

Ela explicou que a ideia é colocar a área dos 112 assentamentos aos poucos no mercado para produção de energia eólica, e não todos de uma vez. O número exato será divulgado no edital, mas antes o Incra quer pesquisar quais seriam os melhores locais para a produção e energia. O Nordeste tem os melhores ventos do País e o Rio Grande do Norte é um dos Estados mais procurados para instalação de parques eólicos.

Atualmente, o Brasil produz 13 gigawatts em energia eólica, ou 10% do total gerado.

“A próxima etapa será uma consulta pública virtual para conhecer o perfil dos investidores e ver desses 112 assentamentos quais interessariam mais a eles”, explicou.

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