Brasil precisa de mutirões de licenciamento em transmissão

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O governo federal tem no momento um estoque de 80 lotes de transmissão para serem leiloados, sendo que a perspectiva é de que 40 sejam colocados somente no ano de 2017. Somados a estimativa é de que os aportes alcancem algo próximo a R$ 26,5 bilhões já contando com a perspectiva de que os projetos da Abengoa sejam recolocados em disputa. Contudo, o país precisa atrair investidores para esse montante, e ainda, aumentar a capacidade do Ibama em avaliar os processo de licenciamento ambiental.

De acordo com o secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Fábio Lopes Alves, seria necessário que o país realizasse uma ação semelhante a um mutirão para que as autorizações fossem emitidas. Em sua avaliação o órgão ambiental tem uma capacidade reduzida para avaliar o volume de projetos que estão previstos.

“Ao total temos um estoque de 80 lotes para leilão de transmissão e não tem pessoal no Ibama para licenciamento, não tem. Isso é um problema, pois mesmo que se tenha tudo certinho a liberação demora. Claro que os estudos precisam ser melhorados e precisamos criar mutirões para atender a essa demanda. Deveremos ter desses 80 uns 40 lotes somente esse ano [2017]”, revelou Alves durante a abertura 14ª edição do Encontro para Debates de assuntos de Operação (EDAO), realizada na última segunda-feira, 21 de novembro.

Os impactos dessa dificuldade de licenciamento foi exemplificada por ele por meio das restrições das usinas do Madeira – Jirau e Santo Antônio -, e Belo Monte que assim que as máquinas entrarem em operação e se tiver água não tem como despachar a energia. E ainda, mais recentemente, houve a retirada de projetos cadastrados para o Leilão de Energia de Reserva que será realizado e 19 de dezembro.

“Os estados da Bahia, Rio Grande do Norte, Tocantins e Rio Grande do Sul não tinham margens de escoamento e isso deu um ruído político danado!”, destacou. Uma linha que poderia ser adotada no Brasil, acrescentou ele, seria a de antecipar o planejamento e suporte em locais que serão foco da expansão da carga.

Fonte: Mauricio Godoi | Agência CanalEnergia