Países assinam manifesto em defesa dos biocombustíveis

Share on facebook
Share on google
Share on twitter
Share on linkedin

UNICA

As entidades representativas do setor de biocombustíveis na Argentina, Brasil, Colômbia, Paraguai e Uruguai lançaram o Manifesto em Defesa dos Biocombustíveis como forma de expressar a firme convicção de que é essencial que todos os governos promovam, de forma abrangente, a estratégia de transição energética pelo desenvolvimento do setor, tanto para o transporte veicular, quanto para o aéreo, fluvial e marítimo.

O Manifesto destaca a importância de definir marcos regulatórios que garantam o avanço dos investimentos em biocombustíveis e pesquisas científicas e tecnológicas para que os países possam cumprir os compromissos assumidos para a descarbonização no Acordo de Paris, aproveitando as capacidades de suas cadeias agrícola e pecuária.

“A América do Sul tem recursos fundamentais para ser líder mundial na produção de energia limpa e renovável, contribuindo para reduzir a dependência da energia fóssil para movimentar a economia. No entanto, esse atributo está longe de ser explorado em seu imenso potencial para reduzir as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) de setores cruciais como os transportes urbano, interurbano, fluvial, marítimo e aéreo”, destaca o Manifesto.

As associações destacam a importância de ações urgentes dos governos, das empresas e da comunidade para impulsionar a transição energética. “Precisamos de líderes e de parlamentos comprometidos com essa nova agenda e um roteiro regional claro que consiga combinar com responsabilidade as diferentes rotas tecnológicas para a transição energética. O custo da inação será muito maior do que a agenda de sustentabilidade mais ambiciosa que podemos imaginar.”

A iniciativa representa um marco para que as entidades possam começar a atuar alinhadas na construção de um plano de ação que apoie os setores de aviação, transporte marítimo e transporte pesado a superar os desafios da descarbonização.

Ao final do documento, as entidades estabelecem seus principais alvos:

– Defendemos a criação de marcos regulatórios estáveis e regras claras que proporcionem a segurança jurídica necessária para aumentar o investimento no setor e, portanto, a expansão da capacidade produtiva e a industrialização de áreas rurais nas Américas.

– Defendemos roteiros claros e planejamentos energéticos de longo prazo que confirmem as escolhas dos estados e suscitem a confiança dos investidores.

– Defendemos a criação de um plano regional de transição energética em termos de financiamento e alinhamento político face às alterações climáticas e aos recursos que a região dispõe para enfrentá-las.

– Defendemos que os governos dos países sul-americanos, juntamente com a sociedade civil, o setor empresarial e parceiros internacionais, tomem medidas mais ousadas em consonância com a magnitude das oportunidades e desafios enfrentados pela região e pelo mundo.

– Defendemos que a América Latina se torne até 2050 uma região com a matriz de combustíveis plenamente limpa, renovável e sustentável por meio de compromissos firmes, graduais e inexoráveis.