E quase dobra de capacidade em relação ao acumulado até o final do ano passado, mostram dados da Aneel
A geração distribuída de energia alcançou no final de novembro 16 gigawatts (GW) no Brasil, quase dobrando de capacidade em relação ao acumulado até o final do ano passado, mostram dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A maior parte (98%) vem de painéis solares fotovoltaicos instalados próximos aos centros de consumo, como telhados de edifícios, casas e comércios ou grandes terrenos.
Aliás, a classe residencial lidera em potência instalada, com 7,7 GW e mais de 1,4 milhão de unidades consumidoras. Em seguida vem comercial (4,6 GW), rural (2,3 GW) e indústria (1,1 GW). O restante fica com serviços e iluminação públicos.
Por estado, Minas Gerais segue no topo do ranking com 2,3 GW e é seguido de perto por São Paulo, com 2,1 GW — os dois estados oferecem benefícios tributários para geração de energia renovável.
Os dados estão em linha com previsões feitas pelo setor no início de 2022 de que este seria o ano da corrida ao sol.
Em janeiro, Jair Bolsonaro (PL) sancionou uma lei colocando prazo para o fim de subsídios à geração distribuída. Pelo texto, quem solicitasse acesso a sistemas de geração própria renovável até o início de janeiro de 2023 continuaria usufruindo da isenção de custos relacionados ao uso da rede de energia até 2045.
Quem entrar no segmento depois passará a pagar progressivamente pelos custos que hoje são pagos pelos demais consumidores.
Mas esse prazo pode ser estendido. Associações do setor solar e de GD tentam avançar no Congresso com um projeto de lei para prorrogar por mais um ano a entrada de novos consumidores na modalidade.
O PL 2703/2022, que prorroga em seis meses a data limite de transição, já foi aprovado na Câmara e aguarda uma decisão do Senado.