Acréscimo de geração renovável no mundo deverá bater novo recorde em 2022

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Com liderança da fonte solar, instalações de energia limpa superam desafios logísticos e devem registrar marca histórica de 320 GW

Ricardo Casarin | Portal Solar

O acréscimo de capacidade de geração renovável deverá bater novo recorde em 2022, aponta pesquisa da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês). O estudo indica que, após instalar a marca histórica de 295 GW em energia limpa em 2021, o mundo poderá adicionar 320 GW nesse ano.

A IEA destaca que a fonte solar fotovoltaica está caminhando para responder por 60% do crescimento da geração renovável global em 2022, superando a eólica e a hídrica. O acréscimo de capacidade solar fotovoltaica deverá ser recorde nesse ano e também em 2023, quando se espera uma expansão de 200 GW.

A solar cresce de forma acelerada na China e Índia, apoiada por medidas de incentivo para projetos de grande porte. Na Europa, o avanço ocorre com a geração distribuída.

Desafios na cadeia de fornecimento

O estudo assinala que o crescimento das renováveis tem sido mais forte que o esperado nesse ano, impulsionado por políticas de incentivo na China, União Europeia e América Latina, que mais que compensam o ritmo lento nos Estados Unidos, país impactado por incertezas tributárias no setor e restrições contra importações de equipamentos fotovoltaicos chineses.

O ritmo de crescimento da capacidade renovável mundial seria muito mais rápido sem os atuais gargalos logísticos. A IEA calcula que o custo de instalação de usinas fotovoltaicas e eólicas se manterá mais alto em relação aos níveis pré-pandemia até 2023, em razão dos elevados preços de commodities e fretes.

Porém, com a inflação ainda mais aguda do gás natural e outros combustíveis fósseis, essas tecnologias seguem competitivas.

Perspectivas futuras

A IEA avalia que, levando em conta o atual cenário político e regulatório, o crescimento das renováveis deve perder ritmo no próximo ano, com continuidade do avanço da geração solar, mas declínio na expansão de hidrelétricas e estagnação no setor eólico.

A agência acredita que a perspectiva para as renováveis para além de 2023 dependerá se medidas novas e mais fortes serão introduzidas e implementadas por governos nacionais ao longo dos próximos seis meses.