Segundo especialistas, a previsão é que o mercado cresça nos próximos anos, mas é necessário regulação regional
Na manhã desta terça-feira (30/05), foi aberta a 11ª edição do Encontro de Investidores em Energia Solar Fotovoltaica (Solarinvest). O evento é uma realização do o Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (CERNE), em parceria com a empresa brasileira especializada na realização de conferências, cursos e eventos, VIEX.
Estiveram presentes na mesa de abertura, o Diretor-Presidente do CERNE, Darlan Santos; o Diretor Técnico do IDEMA, Werner Farkatt; o Presidente do Conselho da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), Carlos Evangelista; e a Subcoordenadora de Planejamento Energético da Coordenação de Desenvolvimento Energético, da Secretaria do Desenvolvimento Econômico, da Ciência, da Tecnologia e da Inovação (SEDEC), Emília Casanova.
Como mediador da mesa, o Diretor-Presidente do CERNE, Darlan Santos, destacou que o Rio Grande do Norte descobriu a vocação para energias renováveis e está explorando da melhor forma possível.
Em relação a geração solar, Darlan Santos ressaltou a necessidade de fazer a distinção entre o mercado regulado, que compõe as grandes usinas, e a geração distribuída, que está relacionada à pessoa física (pequenas empresas, comércios, residências).
A Subcoordenadora de Planejamento Energético da SEDEC, Emília Casanova, apresentou o panorama e as projeções para geração de energia solar no Rio Grande do Norte. Segundo Emília, o RN possui uma das matrizes elétricas mais renováveis do país, correspondendo a 95% da capacidade do Estado. “A gente tem um futuro muito mais ampliado para energia solar e para energia renovável”, afirma.
Emilia Casanova destacou que o mercado regulado solar possui a capacidade de energia de 213 TWh por ano, com um investimento previsto em mais de R$ 21 bilhões até 2025.
Já em relação à geração distribuída, a Subcoordenadora de Planejamento Energético da SEDEC destacou que o RN possui 367 MW de capacidade instalada no RN, com investimentos na ordem de R$ 1,5 milhão, sendo a maioria comercial e residencial. A previsão é que, até 2030, o RN dobre a capacidade de geração distribuída.
O Diretor Técnico do IDEMA, Werner Farkatt, ressaltou que o IDEMA é um órgão executor de políticas e tem como principal objetivo definir regras para o setor. Segundo Werner, é necessário uma readequação da legislação estadual, que não obteve grandes mudanças desde 2004, e entender a necessidade de um regramento específico, voltado para a realidade local do RN.
O Presidente do Conselho da ABGD, Carlos Evangelista, apresentou a evolução da regulamentação para a geração solar no Brasil, destacando os benefícios da lei 14.300 de 2022, que institui o marco legal da micro e minigeração de energia.
De acordo com Carlos Evangelista, o marco regulatório da GD já conseguiu inserir mais de 21 milhões de pessoas no mercado desde a sua instalação. Além disso, a previsão é de mais de R$ 164 milhões de investimentos para os próximos 10 anos. “A Geração Distribuída é um mercado pujante, aberto, onde o objetivo é sempre privilegiar a todos”, destaca.
A 11ª edição do Solarinvest está sendo realizada durante esta terça-feira (30/05), na Arena das Dunas, em Natal. Mais informações podem ser acessadas pelo site https://www.viex-americas.com/eventos/solarinvest/
