Eletrobras adia calendário e elétricas seguem adaptação ao efeito Covid-19

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Furnas adota redundância funcional nos centros de controle e protocolos de desinfecção em instalações, enquanto Itaipu avalia situação e esforços entre as duas margens da usina

Sob impacto da pandemia do novo Coronavírus, a Eletrobras informou na noite da última sexta-feira (20) o adiamento em dois dias do seu calendário de eventos divulgado no site e na Comissão de Valores Mobiliários – CVM, envolvendo as datas de arquivamento de suas Demonstrações Financeiras de 2019, a realização da teleconferência ao mercado e a Assembleia Geral Ordinária – AGO. Todas alterações podem ser visualizadas nesse link.

A estatal tem adotado providências para preservar seus empregados, colocando parte substancial em regime de teletrabalho, restringindo a realização de viagens nacionais e a participação de muitas pessoas em reuniões, além de proibir viagens internacionais. Um Comitê de Crise foi criado para coordenar todas as ações relativas à situação. A companhia ainda explicou que necessitará de um prazo maior para concluir suas demonstrações porque tem de compilar os dados de oito controladas, além de contabilizar os efeitos de 25 coligadas e 136 sociedades de propósito específico.

Seguindo determinação da holding, Furnas apresentou um plano de contingência para garantir a disponibilidade de instalações essenciais à operação do sistema elétrico. Todos os Centros de Operação e o Centro de Supervisão de Telecomunicação estão com as estruturas de redundância funcionais, permitindo que as atividades realizadas por um centro possam ser realizadas por outro em caso de contaminação pelo Covid-19 de algum integrante da equipe. Também foram finalizados os planos para subestações e usinas, bem como os protocolos para desinfeção das instalações do sistema da concessionária.

Estamos tomando todas as precauções, seguindo protocolos médicos e administrativos junto com a nossa controladora Eletrobras”, destacou o presidente de Furnas, Luiz Carlos Ciocchi, em comunicado aos profissionais da empresa por meio de vídeo.

Espírito de união em Itaipu

Já em Itaipu, os diretores-gerais do Brasil e do Paraguai, general Joaquim Silva e Luna e Ernst Bergen, fizeram nesta segunda-feira, 23 de março, um balanço geral sobre as diretrizes que as duas margens da usina vêm adotando para o enfrentamento do avanço da enfermidade. O diretor administrativo da usina, almirante Paulo Roberto da Silva Xavier, falou em “espelhamento das ações”, respeitando-se as necessidades de cada país para garantir a normalidade dos serviços.

“Alguns empregados precisam trabalhar em suas residências. Já outros não podem deixar o trabalho presencial para garantir a energia elétrica que nossos povos precisam, em especial, nessa hora de luta. Essas duas forças se apoiam e se completam de forma solidária”, comentou. Presencialmente, além da produção de energia, os colaboradores da UHE lidam com o manejo das fundações, dos tratadores de animais dos refúgios, da Segurança Empresarial, além de plantonistas de áreas estratégicas, que ainda mantém representação na empresa.

Em textos distintos, as duas margens reforçaram o espírito de união, afirmando que as diretorias “nunca estiveram tão irmanadas” no mesmo objetivo de proteger seus trabalhadores e continuar produzindo energia para o desenvolvimento dos dois países. “Vivemos tempos desafiadores, que testam nossa capacidade de lidar com incertezas. Nesses tempos, nosso bem maior a ser tutelado é a nossa união. A ela se somam solidariedade, família, fortaleza moral e muita fé”, declarou Silva e Luna.

Equatorial fecha agências e Cosan diz que não vai demitir

A partir desta segunda-feira (23), todas as distribuidoras do Grupo Equatorial estarão com as lojas físicas fechadas por tempo indeterminado, diz o informe. Com a medida, a companhia orienta seus clientes a solicitarem os serviços e atendimentos emergenciais pelos canais digitais, como site e o WhatsApp de cada concessionária do grupo. “No momento, a maior preocupação da Equatorial é garantir que hospitais, centros de saúde e toda a população recebam energia com qualidade e segurança”, frisa o comunicado.

Em nota à imprensa, a Cosan e suas controladas, Rumo, Raízen, Comgás e Moove, informaram que não farão demissões em seu quadro pessoal nesse momento, e que o foco está em tomar as medidas necessárias para a continuidade das atividades de forma remota e presencial, garantindo as ações pertinentes nas áreas de segurança física, de higiene e suporte psicológico.

Fonte: Henrique Faerman | Canal Energia