Dez tendências para o setor fotovoltaico em 2017

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A consultoria internacional Green Tech Media Research divulgou na última semana suas apostas para o mercado fotovoltaico global e norte-americano neste ano:

1 – Leilões “reversos” (com preços decrescentes) continuarão proliferando globalmente. De acordo com a consultoria, 33 países estão conduzindo algum tipo de concorrência para contratar geração solar no primeiro semestre de 2017. Outros 14 países estão discutindo ou planejando a realização de leilões, que já são rotineiros no Brasil.

2- Lances podem alcançar US$ 20/MWh, com leilões conduzindo a uma maior competitividade entre os mercados. Em 2016, recordes de preços baixos já foram registrados em leilões promovidos pelos Emirados Árabes (US$ 24/MWh) e pelo Chile (US$ 29/MWh). E a descontinuidade de políticas de subsídios em mercados mais maduros tem aumentado o interesse de investidores por mercados em crescimento.

3- Ao contrário do que ocorreu em 2016, a sazonalidade da demanda pode levar a uma estabilidade de preços em 2017. No ano passado, um primeiro semestre positivo seguido de um segundo semestre fraco adicionou risco de queda dos preços dos módulos. Para 2017, é esperado o contrário, estabilizando as comparações semestrais. Esse efeito é explicado em parte pela programação de entrada de novos projetos na China: a maior parte deve ser conectada no último trimestre.

4 – O cenário é de concentração no mercado de operação e manutenção de usinas solares centralizadas (grande escala). Esse mercado deve ultrapassar 500 MW nos próximos anos, mas as margens mais apertadas por causa da queda de preços e desaceleração de mercados mais maduros devem levar a uma consolidação.

5 – Uma “tempestade perfeita” leva os preços de instalação no mercado norte-americano a menos de US$ 1/Wp em 2017. Sobreoferta de equipamentos, desenvolvimento tecnológico e maior competição entre fornecedores devem levar a necessidades menores de investimentos. Para prrojetos que usam rastreadores solares, preço de instalação pode chegar a US$ 1,08.

6 – Investimentos em novas instalações solares centralizadas de empresesas de serviços públicos, relacionados a metas regulatórias,  serão ultrapassados por aportes realizados por outros tipos de investidores.

7 – As instalações residenciais de geração distribuída serão detidas em sua maior parte pelos próprios consumidores, e não por terceiros. A queda de custos e a maior disponibilidade de financiamento tornam mais viábel o investimento próprio em sistemas residenciais. O aluguel de sistemas perde a participação majoritária no mercado.

8 – Uso de marcas “premium” de módulos devem crescer no mercado residencial. Essa tendência é resultado da última: de acordo com a GTM, sistemas de propriedade dos consumidores tendem a usar as marcas mais conhecidas do mercado.

9 – 70% das instalações residenciais nos EUA usarão módulos com componentes eletrônicos.

10 – Novas instalações de geração solar comunitária nos EUA devem ultrapassar os 400 MW. A GTM projeta que os sistemas coletivos corresponderão a entre 20% e 25% do mercado de geração solar distribuída norte-americano nos próximos cinco anos.

Fonte: Lívia Neves | Brasil Energia