Entenda o impacto da covid-19 na demanda de energia elétrica global

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Estudo da IEA, Agencia Internacional de Energia, esclarece o impacto da pandemia na redução do consumo global de energia

Um estudo recente da IEA, Agencia Internacional de Energia, apresentou o impacto das políticas de lockdown sobre o consumo de eletricidade ao redor do planeta. Nesse sentido, a redução do consumo de eletricidade atingiu níveis sem precedentes desde a Grande Depressão.

O isolamento social forçado fechou escritórios, escolas, lojas e fábricas em todo o mundo. Dessa forma, o nível de consumo médio caiu 20% para cada mês de lockdown. Além disso, o novo perfil de consumo remonta um longo e sossegado domingo.

A queda da demanda de eletricidade

Cerca de metade da população mundial – mais de 4 bilhões de pessoas – foram submetidas à lockdowns desde o início da pandemia. Os reflexos na economia são imediatos. Nesse sentido, o Banco Mundial estimou uma contração de 5% na economia global em 2020 – a maior queda desde a 2a Guerra Mundial.

O gráfico mostra como diferentes países reduziram seu consumo de eletricidade em torno de 20% com a introdução dos lockdowns. Por exemplo, França, India, Italia, Espanha e Reino Unido reduziram em pelo menos 15% durante o período de lockdown. A Italia chegou a experimentar queda de 75% no consumo de eletricidade durante o período crítico da pandemia.  

Todos os dias parecem domingo

Com o fechamento dos consumidores comerciais, o perfil de consumo dos dias úteis, de segunda a sexta, ficou muito parecido com o perfil de consumo dos finais de semana. Os picos de manhã e a noite refletem a dinâmica doméstica. Os padrões típicos de alta de demanda durante a semana, paulatinamente, convergiram para os padrões de domingo.

Outra análise interessante da revista Fortune identificou mudanças no uso de eletricidade. De fato, as pessoas mudaram seus hábitos de consumo durante o período de lockdown. Por exemplo, mais pessoas ficavam acordadas até mais tarde, faziam pausas nos meio da tarde e passavam as noites em frente às TVs.  

Aumento das fontes renováveis

Por outro lado, uma boa notícia foi o aumento da energia de baixo-carbono durante a pandemia. As fontes renováveis substituíram o carvão e alcançaram 40% da geração de energia elétrica em 2020. A tendência de substituição das fontes fósseis pelas renováveis será posta a prova com a recuperação econômica. Por um lado, novos investimentos em usinas solares não pararam durante a pandemia. Até mesmo no Brasil, a SUNWISE e outras empresas continuaram investindo em novas fazendas solares e contribuíram para a marca de 6GW de capacidade fotovoltaica instalada.

Por outro lado, a redução rápida das termelétricas a carvão e a gás natural se deu pela facilidade de desligamento das usinas.

Em suma, a energia solar e eólica dobraram sua participação em apenas 5 anos. O meio ambiente agradece a redução de mais de 5% das emissões de CO2 no primeiro trimestre. A expectativa de queda, sem precedentes, de 8% nas emissões até o final do ano, possibilitará retornar aos níveis de 10 anos atrás.  

Fonte: DCi