Geração de energia eólica e consumo de etanol crescem no Brasil

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Com o aumento de 77,1% na geração de energia eólica e no crescimento de 18,6% no consumo de etanol, a matriz energética brasileira ficou mais limpa. Além disso, o consumo de gasolina caiu 9,5%.

Os dados fazem parte do Relatório Síntese do Balanço Energético Nacional divulgado pela pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) . O documento traz detalhes dos números da oferta, transformação e consumo final de produtos energéticos no Brasil em 2015.

No caso da energia eólica, a geração atingiu 21,6 Terawatts-hora (TWh), uma elevação de 77,1%, ultrapassando assim a geração nuclear em 2015. A potência eólica atingiu 7.633 Mega-watts (MW), o que corresponde a uma expansão de 56,2%.

Houve também um salto  na participação de recursos renováveis na matriz elétrica brasileira, que passou de 74,6% para 75,5%. O aumento é explicado pela queda da geração por meio de usinas termelétricas, que operavam à base de derivados de petróleo, e, por outro lado, houve crescimento da geração a partir de biomassa e eólica, o que compensou a redução de 3,2% da energia hidráulica.

Oferta

Em 2015, a oferta interna de energia atingiu 299,2 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (Mtep), o que significa uma redução de 2,1% em relação ao ano anterior.

Parte desta queda foi influenciada pelo comportamento da oferta interna de petróleo e derivados, que teve uma retração 7,2% no ano passado. Nesse período, as exportações superaram as importações, gerando um superávit destas fontes energéticas no País.

Além disso, o enfraquecimento da atividade econômica em 2015, quando o Produto Interno Bruto (PIB) nacional apresentou uma contração de 3,8%, também contribuiu para a queda da oferta interna.

Consumo

O consumo final de eletricidade no País registrou uma queda de 1,8%. Os setores que mais contribuíram para esta redução foram o residencial (-0,7%) e o industrial (-5,0%).

A indústria reduziu seu consumo em 2,7 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (Tep), em virtude principalmente da queda do consumo de carvão vegetal (-6,5%) e eletricidade (-5,0%) no setor siderúrgico e do bagaço de cana (-3,9%).

O segmento de transporte teve sua demanda energética desaquecida em 2,3 milhões de tep. Isto ocorreu principalmente em razão da queda de 4,3% do consumo de óleo diesel, consequência da menor atividade do setor de transporte de carga.

O setor também apresentou um crescimento na demanda por fontes renováveis de energia, que saltou de 18% para 21%, decorrente do menor consumo de gasolina (-9,5%), compensado pelo maior consumo de etanol (18,6%). Além disso, o recuo do mercado de venda de automóveis leves contribuiu para redução da demanda de combustíveis.

Fonte: Portal Brasil